domingo, 28 de junho de 2015

Síntese Reflexiva

Ser professora: avaliar e ser avaliada

Define que professores avaliam seus alunos, mas na perspectiva de classificação eles também são avaliados.

Constantemente a professora em sala de aula está avaliando seus alunos, nesse meio vão aparecendo diversas dúvidas a respeito da aprendizagem deles e de como exibi-la a todos que formam a escola. Avaliar é uma tarefa que mobiliza diversos aspectos emocionais, mas ao mesmo tempo caracteriza o professor e contribui para sua prática pedagógica,  além disso é importante para mediar relações e contribuir com o desenvolvimento da escola e todos que a constituem. Para a autora, a professora deve observar o que cada um de seus alunos sabe e assim valorizar os seus saberes.
A avaliação é uma tarefa escolar que está ligada a práticas sociais que funciona á partir das determinações de um sujeito-histórico que aprende a viver na sociedade controlando todos os fenômenos que irão enfrentar.  A avaliação classificatória é uma prática de avaliação que não insere o aluno em ações que contribuem para a aprendizagem, ela mede conhecimentos para considerar os alunos, limita a oportunidade de diálogos abertos isolando os estudantes e isso consequentemente gera à falta de cooperação, solidariedade e incentiva a competição, esses aspectos demonstram que a ideia de escola de qualidade não faz parte da realidade. A avaliação quantitativa é aquela em que utiliza de instrumentos para observar o que está sendo estudando e procura contribuir para o aprendizado, prevê os riscos e procura ter medidas de controle para evita-los. Neste caso há um distanciamento entre a professora e o aluno isolando os sujeitos, dessa forma observamos que entre professores e alunos existem instrumentos e procedimentos que os separam e que bloqueiam o ensino e a aprendizagem, ou seja, relacionam ensino e aprendizagem apenas como uma verificação.
A avaliação classificatória também atua sobre a professora e o ensino, pois o ensino precisa ser eficaz e mostrar resultados positivos. Muitas vezes a avaliação da professora é vista como um poder e o aluno sente-se ameaçado com essa prática, porém deve-se lembrar que o resultado de uma turma vem do ensino que ela recebe, ou seja a professora também é avaliada.
Observa-se que em alguns momentos em uma sala de aula a professora demonstra não colaborar para a avaliação classificatória e que é apenas obrigada a desenvolvê-la ou porque não conhece outra prática e as vezes porque mesmo que queira não consegue mudar essa realidade. Porém como vimos anteriormente, classificar leva a exclusão em todos os sentidos no ensino e excluir não é uma prática correta. Com isso, com a experiência no cotidiano a professora vai percebendo na convivência as características de cada um de seus alunos e vai avaliando e entendendo que mesmo uma resposta deles estando incorreta pode ser um passo para o avanço.
O autor procura explanar que a educação precisa ser melhorada e é na escola que os professores vem tentando fazer essa mudança, pois a avaliação deve ser pensada como uma forma de investigação e ser feita em equipe com interação. Para essa mudança é preciso rever a metodologia da avaliação principalmente passando agora a ensinar de modo que os alunos compreendam e interajam mais, tem que haver reflexão tanto por alunos como pelos professores dentro da escola.

Referências:
ESTEBAN, Maria Teresa. Ser professora: avaliar e ser avaliada. In: ESTEBAN, Maria Teresa (org.). Escola, currículo e avaliação. 2. Ed. São Paulo, Cortez, 2005, p. 13-37.

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