Ser
professora: avaliar e ser avaliada
Define que professores avaliam seus alunos, mas na perspectiva de classificação eles também são avaliados.
Define que professores avaliam seus alunos, mas na perspectiva de classificação eles também são avaliados.
Constantemente a
professora em sala de aula está avaliando seus alunos, nesse meio vão
aparecendo diversas dúvidas a respeito da aprendizagem deles e de como exibi-la
a todos que formam a escola. Avaliar é uma tarefa que mobiliza diversos
aspectos emocionais, mas ao mesmo tempo caracteriza o professor e contribui
para sua prática pedagógica, além disso
é importante para mediar relações e contribuir com o desenvolvimento da escola
e todos que a constituem. Para a autora, a professora deve observar o que cada
um de seus alunos sabe e assim valorizar os seus saberes.
A avaliação é uma tarefa
escolar que está ligada a práticas sociais que funciona á partir das
determinações de um sujeito-histórico que aprende a viver na sociedade
controlando todos os fenômenos que irão enfrentar. A avaliação classificatória é uma prática de
avaliação que não insere o aluno em ações que contribuem para a aprendizagem,
ela mede conhecimentos para considerar os alunos, limita a oportunidade de
diálogos abertos isolando os estudantes e isso consequentemente gera à falta de
cooperação, solidariedade e incentiva a competição, esses aspectos demonstram
que a ideia de escola de qualidade não faz parte da realidade. A avaliação
quantitativa é aquela em que utiliza de instrumentos para observar o que está
sendo estudando e procura contribuir para o aprendizado, prevê os riscos e procura
ter medidas de controle para evita-los. Neste caso há um distanciamento entre a
professora e o aluno isolando os sujeitos, dessa forma observamos que entre
professores e alunos existem instrumentos e procedimentos que os separam e que
bloqueiam o ensino e a aprendizagem, ou seja, relacionam ensino e aprendizagem
apenas como uma verificação.
A avaliação
classificatória também atua sobre a professora e o ensino, pois o ensino
precisa ser eficaz e mostrar resultados positivos. Muitas vezes a avaliação da
professora é vista como um poder e o aluno sente-se ameaçado com essa prática,
porém deve-se lembrar que o resultado de uma turma vem do ensino que ela
recebe, ou seja a professora também é avaliada.
Observa-se que em alguns
momentos em uma sala de aula a professora demonstra não colaborar para a
avaliação classificatória e que é apenas obrigada a desenvolvê-la ou porque não
conhece outra prática e as vezes porque mesmo que queira não consegue mudar
essa realidade. Porém como vimos anteriormente, classificar leva a exclusão em
todos os sentidos no ensino e excluir não é uma prática correta. Com isso, com
a experiência no cotidiano a professora vai percebendo na convivência as
características de cada um de seus alunos e vai avaliando e entendendo que
mesmo uma resposta deles estando incorreta pode ser um passo para o avanço.
O autor procura explanar que a educação
precisa ser melhorada e é na escola que os professores vem tentando fazer essa
mudança, pois a avaliação deve ser pensada como uma forma de investigação e ser
feita em equipe com interação. Para essa mudança é preciso rever a metodologia
da avaliação principalmente passando agora a ensinar de modo que os alunos
compreendam e interajam mais, tem que haver reflexão tanto por alunos como
pelos professores dentro da escola.
Referências:
ESTEBAN,
Maria Teresa. Ser professora: avaliar e ser avaliada. In: ESTEBAN, Maria Teresa
(org.). Escola, currículo e avaliação.
2. Ed. São Paulo, Cortez, 2005, p. 13-37.
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