quarta-feira, 2 de dezembro de 2015

Estudo dirigido

Situando a Avaliação

O estudo dirigido se delineia a partir do texto Situando a Avaliação que reflete as diversas formas de avaliação que vivemos.

  1. Relacione a avaliação e o nosso cotidiano.
Estamos sempre fazendo apreciações sobre o que vemos, o que fazemos, o que ouvimos, o que nos interessa e o que nos desagrada. Estamos sempre julgando. E como gostamos de usar adjetivos! Praticamos avaliação quando estamos em uma fila de banco ou de supermercado: para alguns o atendimento é rápido; para outros, pode ser percebido como lento.

2.            Relaciona a avaliação na escola.

A avaliação é intencional e sistemática e os julgamentos que ali são feitos têm muitas consequências, alguma positivas, outras negativas. Mesmo antes de a criança chegar à escola, no momento de sua matrícula, a avaliação pode começar.  Ainda não é a avaliação por meio de provas e exercícios, mas por meio das informações que mostram quem é a criança: onde mora, com quem mora, o que sua família faz etc.

3.            O que é avaliação formal? Cite exemplos.

É a avaliação feita por meio de provas, exercícios e atividades quase sempre escritas como produção de textos, relatórios, pesquisas, resolução de questões matemáticas, questionários etc.

4.            O que é avaliação informal? Cite exemplos.

É aquela que se dá pela intenção de alunos com o professores, com os demais profissionais que atuam na escola e até mesmo com os próprios aluno, em todos os momentos e espaços do trabalho escolar.

5.            Benefícios da avaliação informal.

Dá aos alunos a orientação de que ele necessita, no exato momento dessa necessidade;
Manifesta paciência, respeito e carinho ao atender a suas dúvidas;
Providencia os materiais necessários à aprendizagem;
Demostra interesse pela  aprendizagem de cada um;
Atende a todos com a mesma cortesia e o mesmo interesse, sem demonstrar preferência;
Elogia o alcance dos objetivos da aprendizagem;
Não penaliza o aluno pelas aprendizagens ainda não adquiridas;
Não usa rótulos nem apelidos que humilhem ou desprezem os alunos;
Não comente em voz alta suas dificuldades ou fraquezas;
Não faz comparações;
Não usa gestos nem olhares de desagrado em relação à aprendizagem.

6.            Prejuízos que a avaliação informal pode causar.

A avaliação não pode expor a criança a situações constrangedoras;
A avaliação tem de ser feita com ética: não se podem usar suas informações para outro objetivo que não seja o de contribuir para a aprendizagem do aluno;
As fragilidades do aluno não devem ser relatadas publicamente;
O que está sendo avaliado é a aprendizagem do aluno e não de suas características pessoais.

7.            Para que serve à avaliação?

Para que se conheça o que o aluno já aprendeu e o que ele ainda não aprendeu, para que se providenciem os meios para que ele aprenda o necessário para a continuidade dos estudos.

8.            Avalia-se o que?

Avalia-se para promover a aprendizagem do aluno.

9.            Características da avaliação formativa.

É conduzida pelo professor;
Destina-se a promover a aprendizagem;
Leva em conta o progresso individual, o esforço nele colocado e outros aspectos não especificados no currículo.
Na avaliação formativa, capacidades e ideias que, na avaliação somativa, poderiam ser classificadas como “erros” fornecem informações diagnósticas;
Os alunos exercem papel central, devendo atuar efetivamente em sua própria aprendizagem.

10.         Quais os dois paradigmas apresentados pela autora no texto sobra a avaliação?

Discute as diferença entre a avaliação informal e a formal, mostrando que a informal, nem sempre é prevista e, consequentemente, os avaliados, no caso os alunos, não sabem que estão sendo avaliados. Por isso deve ser conduzida com ética.

11.         O que a autora menciona sobra a prova?

“A avaliação formativa preocupa-se com a maneira pela qual os julgamentos da qualidade das respostas dos alunos podem ser usados para desenvolver a sua competência de forma a reduzir a ocorrência da aprendizagem por ensaio e erro”.

12.         O que é necessário para que os professores modifiquem suas práticas?

Construir o entendimento de avaliação formativa como a que promove o desenvolvimento não só do aluno, mas também do professor e da escola. Para que isso aconteça, é necessário que todos os profissionais da educação que atuam na escola também tenham oportunidade de se desenvolverem e se atualizarem. O sucesso do seu trabalho conduz ao sucesso do aluno. Toda a escola participa desse ambiente de aprendizagem e desenvolvimento.

13.         Qual a importância do feedback?

O feedback do professor lhe aponta o que fazer para avançar; notas ou menções não cumprem esse propósito: desviam a atenção da aprendizagem e são contra produtivas para os propósitos formativos.

Referências:
VILLAS Boas, Benigna Maria de Freitas. Potfólio, avaliação e trabalho pedagógico. Campinas, SP:Papirus, 2004.



Estudo dirigido

Situando o Portfólio

O estudo dirigido surge a partir do testo Situando o Portfólio que traz as diferentes concepções e características de um portfólio e suas contribuições para o ensino e a aprendizagem.

1.            O que é portfólio?

É uma pasta grande e fina em que os artistas e os fotógrafos iniciantes colocam amostras de suas produções, as quais apresentam a qualidade e a abrangência do seu trabalho, de modo a ser apreciado por especialistas e professores.

2.            Outras formas de denominar o portfólio?

Porta-fólio e portfolio.

3.            De onde se originou o uso do portfólio em educação?

Em educação, o portfólio apresenta várias possibilidades: uma delas é a sua construção pelo aluno. Nesse caso, o portfólio é uma coleção de suas produções, as quais apresentam as evidências de sua aprendizagem.

4.            Diferença entre portfólio de arquivo de trabalho?

De acordo com Easley e Mitchell. Um arquivo é simplesmente uma coleção de trabalhos dos alunos. Em contraste, o portfólio é uma seleção de trabalhos do aluno. Um portfólio não é apenas um arquivo, mas é parte de um processo de avaliação que ensina os alunos a avaliar e apresentar seus próprios trabalhos.

5.            Alguns objetivos comuns quanto ao uso do portfólio?

Procuram motivar os alunos menos capazes ao fornecer-lhes “algo para mostrar por esforços”, além do que poderia, de outra forma, ser uma série decepcionante de notas e níveis;
Fornecem aos alunos oportunidades de declarar sua identidade, documentar e mostrar coisas que são importantes para eles;
Oferecem aos alunos oportunidade de refletir sobre suas experiências e seus extintos dentro e fora da escola e, assim assumir maior responsabilidade por aquelas experiências e por aqueles êxitos;
Estimulam e apresentam alguma forma de reconhecimento dos resultados e êxitos além do domínio acadêmico;
Fornecem evidências mais diversificadas da competência do aluno e do sucesso ao público externo, como pais e empregadores.

6.            Cite os cincos elementos que o trabalho como portfólio oferece.

Primeiro: o uso do portfólio beneficia qualquer tipo de aluno. O desinibido, o tímido, o mais e o menos esforçado, o que gosta de trabalhar em grupo e o que não gosta, o mais e o menos motivado ou interessado pelo trabalho escolar, o que gosta de escrever e até o que não gosta – porque ele pode passar a gostar assim como pode apresentar suas produções usando outras linguagens.
Segundo:  Os alunos declaram sua identidade, isto é, mostram-se não apenas como alunos, mas como sujeitos dispostos a aprender. Sua história de vida e suas experiências são conhecidas e valorizadas.
Terceiro:  As atividades escolares levam em cotas as experiências vividas pelo aluno fora da escola, dando sentido à sua aprendizagem.
Quarto: O aluno percebe que o trabalho escolar lhe pertence; portanto, cabe-lhe assumir responsabilidade por sua execução.
Quinto: Como o portfólio motiva o aluno a buscar formas diferentes de aprender, suas produções revelam suas capacidades e potencialidades, as quais poderão ser apreciadas por várias pessoas.

7.            Quais os princípios norteadores para o trabalho com o portfólio? Explique cada um deles .

O primeiro deles é a construção. Essa construção se assume de diferentes formas, dependendo da idade dos alunos, do curso, da atividade a ser desenvolvida e o tempo disponível. A orientação que o professor dará ao processo de construção também é viável.

Outro principio, reflexão, o aluno decide oque incluir e, ao mesmo tempo analisa suas produções, tendo a chance de refazê-las sempre que quiser e for necessário.

Criatividade, princípio que se acrescenta. O aluno escolhe a maneira de organizar o portfólio e busca formas diferentes de aprender. Ele é estimulado a estar sempre trabalhando e tomando decisões. É importante que se valorizem as iniciativas dos alunos para que eles busquem novas ideias e não a repetição e a reprodução, tão comuns nas escolas.

Outro componente importante é a auto-avaliação. A construção, a reflexão e a criatividade conduzem-no a desenvolver a capacidade de avaliar seu desempenho com objetivo de avençar sempre. A avaliação feita pelo professor é importante e, conjugada à do próprio aluno, faz com que se amplie a análise das suas possibilidades.

Por fim, a autonomia, outro princípio norteador do uso do portfólio. A criança percebe que pode trabalhar de forma independente e que não precisa ficar sempre aguardado orientação do professor.

8.            Segundo a autora Klenowski, o trabalho com o portfólio se baseia em seis princípios. Quais são?

Construção, reflexão, criatividade, auto-avaliação e auto-avaliação.

9.            O trabalho com o portfólio pode ser feito por um professor ou somente por vários?

Não é necessário que todos os professores de uma mesma escola iniciem o trabalho ao mesmo tempo. Talvez nem seja possível. O necessário é que toda a equipe compartilhe a mesma fundamentação teórica sobre aprendizagem e avaliação, apoiada em pesquisas atualizadas.

10.         Como ajudar os alunos avaliar o seu próprio trabalho com o portfólio?

O professor auxiliando os alunos a identificar e registrar os critérios de avaliação. Cabe ao professor orientá-los nas descobertas dos requisitos necessários à produção de um trabalho considerado adequado. O processo pode ter inicio com os alunos analisando as características de uma produção considerada adequada.

11.         Quais os componentes de um portfólio?

Os componentes são as melhores produções do aluno, por ele próprio selecionadas, com base nos objetivos de aprendizagem e nos critérios de avaliação formados com sua participação.

12.         O professor deve inserir itens no portfólio do aluno?

Essa inserção é questionável. Ela poderia fazer com que o aluno sentisse que aquele trabalho não lhe pertence inteiramente. Incluir trabalhos escolhidos pelo professor é uma decisão sua. Alguns professores poderão argumentar fortemente que nem sempre as escolhas dos alunos refletem suas capacidades.

13.         Quais alguns descritores de avaliação do portfólio em cursos superiores?

Cumprir os propósitos gerais, , cumprir o propósito específicos, apresenta análise do material incluído, Contém propostas/formulações/recomendações para enfrentamento das dificuldades relacionadas ao desenvolvimento da avaliação, apresentar textos descritos com correção, incluir reflexões sobre o processo de aprendizagem e de avaliação, apresentar organização que facilita a sua compreensão, apresentar síntese conclusiva e apresentar avaliação final do trabalho.

14.         Quais algumas dificuldades citadas pela autora na construção de portfólios nos cursos superiores?

Dificuldades percebidas a cada semestre é a formulação inicial de descritores de avaliação vagos. Outra dificuldade é a sobrecarga de trabalho e o engajamento dos alunos em um processo de trabalho bem diferente daquele ao qual têm sido submetidos.  A falta de hábito dos alunos de escrever, de analisar o que produzem e de escolher suas melhores produções; não-utilização de procedimento semelhante por outros professores do curso; não desenvolvimento do portfólio ao longo do semestre por parte de alguns alunos, ser encaixam com algumas dificuldades.

15.         Trabalhar com o portfólio significa assumir riscos. Quais riscos a autora menciona no texto estudado?

O primeiro deles é o portfólio reduzir-se a uma pasta em que se arquivam textos e se fazem registros das aulas. O portfólio pode ser considerado mais um dos modismos em educação. Ele pode ser entendido como um simples “instrumento” e não como um “procedimento” de avaliação. O professores e o alunos oferecem resistência inicial pro entenderem que terão muito mais trabalho do que antes.
Referências:

VILLAS Boas, Benigna Maria de Freitas. Potfólio, avaliação e trabalho pedagógico. Campinas, SP:Papirus, 2004.

Síntese

Novos olhares sobre a Avaliação
·      Porque é tão difícil mudar a imagem da avaliação como uma prática perversa de seleção e exclusão em escolas e universidades;
Os pesquisadores que criaram o conceito de sucesso e fracasso escolar são muito questionados. Um dos episódios mais contestados é o vestibular, pois crianças e jovens sofrem muita pressão para esta seleção e durante esse período cresce as insatisfações com a forma de avaliar, a qual é muitas vezes injusta.
Existem diversos exemplos de práticas avaliativa inflexíveis em escolas e universidades, as quais demonstram que muitas vezes que o fracasso surge a partir das instituições e não do educando. Pois a escola passa a ser fracassada porque não exerce uma ação educativa de respeito e acompanhamento do desenvolvimento do aluno, em muitas vezes.
Para a autora, alguns princípios fundamentam práticas avaliativas. São eles: o comprometimento dos educadores e das escolas com os juízos de valor emitidos e as decisões que tornam em relação as possibilidades e necessidades de cada estudante; o respeito às diferenças entre alunos; a permanência do aluno na escola como direito do estudante e compromisso da escola.

·      Serão os professores os responsáveis pelos fracassos dos alunos?
Todo educando precisa entender que ele é responsável pelo juízo de valor sobre o educando, porém é difícil para o educador perceber tudo que implica os resultados dos estudante. Mas, para Hoffman, ao analisar uma atitude do estudante, revela também o seu valor moral, seu significado de compromisso, obediência participação. Pois, em muitas vezes, ele está tão certo daquilo que o aluno parece estar a demonstrar que não percebe o contrário.
De certa forma, o professor participa dessa conceituação, e é adequado, que queira ou não, a construção de uma realidade escolar que seleciona e até exclui seus alunos.  Para o professor tornar consciente do seu envolvimento e do seu compromisso, Piaget, relata que temos que enfrentar obstáculos para que tomemos consciência do que estamos fazendo, com isso, em relação a avaliação, os professores estão cada vez mais convencidos que possuem um grande compromisso com os alunos.
·         Porque os alunos diferentes são considerados incapazes? Como levar os professores a novos olhares sobre essas “diferenças”?
As diferenças dos educandos muitas vezes são desrespeitadas dentro das escolas e universidades na prática avaliativa.  Fundamentações sobre as práticas avaliativas de professores, trazem a ideia de alguns procedimentos avaliativos que o aluno que não cumprir o padrão é punido e o que estabelecer é premiado. Mas,  a tendência é que todas as escolas tornem a educação iguais para todos.
O professor, em avaliação, muitas vezes, não da muita importância para as ideias da criança, centra-se apenas em suas próprias ideias, com isso,  o aluno fica sem oportunidade.
Precisa-se compreender cada aluno e para isso, deve-se conhecer sua história e condições de existência, pois os alunos no decorrer de sua vida, é surpreendido com diversas vivências. Os estudantes necessitam de atenção, para que as etapas de sua vida os levem  as suas conquistas.
O fator mais sério da prática avaliativa é a classificação precoce de muitos alunos em excluídos ou especiais. Porém, os professores contribuirão quando olharem para seus alunos com respeito, mostrando que os admiram, e não apenas buscar meios para compará-los.
·       A competitividade, na escola, não estaria preparando os estudantes a viver em nossa sociedade, altamente competitiva?

De acordo com a autora, a competitividade na sociedade, também vem desde a formação na escola, pois, algumas atitudes de estudantes desde cedo, faz refletir sobre o assunto. Como, por exemplo, aprendem a valorizar os que “sabem” e os que não “sabem”.
Algumas escolas, criam estratégias para tornar os alunos mais unidos e solidários, porém algumas práticas mesmo assim, despertam no aluno a competição. Com isso, os alunos que possuem mais dificuldades adotam o silêncio como forma de não serem rotulados como fracos.

·           Como respeitar a história de cada aluno e acompanha-lo em suas necessidades, pressionados pelo pequeno número de horas/aula e muitos alunos por sala?
Respeitar o aluno significa ter sensibilidade sobre o momento de cada um deles. Deve-se analisar a aprendizagem levando em conta os conhecimentos que possuem, sua participação em atividades e sua rotina escolar. Para a autora, o tempo, no processo avaliativo, concebido como cumprimento de etapas sucessivas resulta em análises quantitativas sobre o desempenho do aluno, destituídas da qualidade desse tempo percorrido em termos de uma verdadeira compreensão dos assuntos trabalhados.
·         Fala-se em um “possível” quando se pensa em redesenhar a prática avaliativa em nossas escolas?
A prática de avaliação classificatória, desde séculos atrás surge como um poderoso instrumento de poder em todos os níveis de educação. A avaliação só perderá o significado de controle quando estabelecer um caráter de reflexão e humanizador e um olhar construtivo em avaliação tem ligação com o interesse do educador  de fundamentar-se teoricamente e tomar consciência  sobre a realidade social.

Referências:
HOFFMAN, Jussara. Pontos & contrapontos: do pensar ao agir em avaliação. 10.ed.Porto Alegre:Mediação,2005.


domingo, 29 de novembro de 2015

Slide seminário 5

Tema: Avaliação da aprendizagem e a ética: O individual e o coletivo na avaliação da aprendizagem


Slide seminário 4

Tema: Avaliação da aprendizagem escolar: Um ato amoroso


Slide seminário 3

Tema: Prática escolar: Do erro como fonte de castigo ao erro como fonte de virtude


Slide seminário 2

Tema: Avaliação do aluno: a favor ou contra a democratização do ensino?


Slide Seminário 1

Tema: Avaliação Educacional Escolar: para além do autoritarismo


Slide discussão coordenada 5

Tema: A comunicação dos resultados da avaliação escolar


Slide discussão coordenada 4

Tema: Recuperação da aprendizagem


Slide discussão coordenada 3

Tema: Fracasso Escolar


Slide discussão coordenada 2

Tema: Avaliação escolar e democratização: o direito de errar


Slide discussão coordenada 1

Tema: Noções de erro e fracasso no contexto escolar: algumas considerações preliminares


quinta-feira, 26 de novembro de 2015

Síntese - Seminário 5


Síntese produzida durante o seminário apresentado em sala de aula a partir do texto:

Avaliação da Aprendizagem e Ética: O individual e o coletivo na avaliação da aprendizagem


Esse texto trás uma reflexão sobre a coleta de dados sobre o desempenho da aprendizagem dos alunos. Procura mostrar que os professores muitas vezes dificulta a avaliação para o aluno, cobrando às vezes, a mais, sem que ele tivesse abordado determinado conteúdo da forma que está cobrando.
O professor passa a ser ético quando ele cobra aquilo que ensinou à esse aluno, colaborando com desta forma, para que o aluno não falte com ética também.
O estudante nesse processo necessita do educador ao lado dele, não para fazer por ele, mas como um reforço para o que se pretende atingir.

Não se deve avaliar apenas o individual, mas também o coletivo, para que o desempenho da prática na escola evolua.

LUCKESI, Cipriano Carlos. A avaliação da aprendizagem escolar: um ato amoroso. In: LUCKESI, Cipriano Carlos. Avaliação da aprendizagem escolar: estudos e proposições. 22. Ed. São Paulo:Cortez, 2011,p. 243-250/261-266.


Estudo dirigido

O texto produzido abaixo surge da leitura a partir do texto de Hamilton Werneck "Prova, provão, camisa de força da educação". O qual faz uma crítica aos sistemas de avaliação crivada de humor e propostas.

Professor Animal – Porco espinho

O porco espinho é um roedor coberto por espinhos afiados, alguns possuem mais de 30 mil espinhos,  os quais são pelos duros que medem cerca de 7,5 centímetros e funcionam como armadura para protege-lo. É um animal robusto de pernas curtas, que se movimenta de forma lenta. Sua cor geralmente varia os marrons e seus espinhos geralmente são brancos com pontas pretas ou faixas amarelas. Se alimentam de vegetais, camadas das árvores, raízes e frutas podendo danificar e arruinar plantações. Dormem em cavernas, buracos nas árvores ou no solo, ou em troncos ocos. Quando ameaçados, podem grunhir ou bater as patas traseiras como sinal de perigo, além de arrepiarem os espinhos agitando-os levando a desprender fácilmente e podendo atingir a pele do inimigo, ferindo seriamente e até matando os outros animais.
O professor com as características deste animal é aquele que sempre está com seu semblante  sério, dificilmente brinca e entra em clima de descontração com seus alunos. Vive reservado em um canto, anda bem devagar, manso e de cabeça baixa como se fosse para não dá oportunidade de lhe abordarem ou chamarem para uma conversa.  
Esse tipo de professor a todo instante parece que veem seus alunos como inimigos, pois a todo instante se protegem, preparam-se para atacar caso se sinta ameaçado. Mas o ameaçado aqui é no sentido de encomodado, pertubado, pois é um tipo de professor que não gosta que seus alunos se aproxime e interaja em sala de aula. Gera no estudante, um clima de medo, tensão, pois muitas vezes tirar dúvidas é motivo de um desafio para esse aluno porque o professor parece não gostar e trata-o de uma forma fria, grossa, com senblante de raiva e muitas vezes quando alguém faz perguntas, consideradas para ele, fáceis demais, envergonha o aluno com expressões como “há cara se você tá com duvida nisso...” e outras vezes fazem movimentos com a cabeça ou uma mudança no olhar que praticamente querem expressar a mesma citação.
Então, com esse tipo de professor em uma sala de aula, os alunos  sentem a todo instante um medo de incomodá-lo, por isso não interagem, não questionam o conteúdo abordado, saem da sala cheio de dúvidas, para  evitar que seja atingido a qualquer momento por um de seus espinhos afiados, evitando-os sairem magoados, feridos, desestimulados ou até sairem morto mentalmente e moralmente dependendo da gravidade do ataque.

Vídeo Avaliação da Aprendizagem - Cipriano Luckesi

O vídeo traz as principais conjecturas do autor sobre a avaliação da aprendizagem como um ato de avaliar e não de examinar.


terça-feira, 17 de novembro de 2015

Minha história

Avaliações vivenciadas no decorrer da história de vida estudantil




Lembro-me pouco de minha vida estudantil, principalmente referindo-se ao ensino fundamental. Existem lembranças de colegas e professores, mas recordar em detalhes é uma tarefa desafiadora. Do pré escolar, assim chamado na época, até a 4ª série estudei em uma única escola a qual era do sistema de ensino estadual e posteriormente da 5ª série do fundamental ao 3º ano do ensino médio estudei em outra escola de rede estadual.
Inicio descrevendo sobre a 1ª e 2ª série, onde recordo apenas que fazíamos algumas atividades que tinham muitas imagens e usávamos recortes, colagens e pinturas, eram feitas em sala de aula. Também membro de umas atividades que eram feitas pela professora através de papel carbono, instruídas para serem feitas em casa, as quais tínhamos que entregar na aula seguinte onde a professora corrigia e nos devolvia para mostrarmos o visto recebido a nossos pais. Os vistos geralmente eram classificados em regular, bom, excelente, não lembro de mais nada nesta fase.
Em relação a 3ª e 4ª séries foram fases em que marcaram um pouco mais minhas lembranças escolares, pois foi uma época em que me destaquei como aluna excelente. As avaliações usadas aram atividades em sala de aula, as quais a professora dava um determinado tempo para resolvê-la, geralmente eu terminava em primeiro lugar e isso era bem valorizado pela professora que me elogiava constantemente. Essas atividades eram corrigidas uma a uma por ela e caso alguém não tivesse feito correto ela dava uma dica de como fazer e pedia para voltássemos a tentar resolver, neste caso quando era feita em sala de aula.
A junção de todas as atividades feitas na sala resultavam em pontos que eram unidos com as outras avaliações, também recordo-me que testes por escrito ou provas orais eram feitas bimestralmente e quem tirasse nota abaixo de 7,0 fazia uma recuperação e quem atingisse acima de 7,0 estava aprovado no bimestre , para quem tirou nota baixa era feito uma revisão antes da prova e os demais estavam liberados desta aula, pois acreditava-se que se já tínhamos passados na avaliação não era adequado que permanecêssemos na sala de aula porque poderia atrapalhar os que necessitavam de maior atenção.
Outras formas de avaliações existentes neste período eram alguns trabalhos em grupo para serem feitos em casa, não eram seminários, eram algum tipo de experiências ou pesquisas que envolviam o nosso cotidiano. Entregávamos os trabalhos, os quais eram devolvidos com o visto do professor e não tinha nenhum tipo de correção que nos dirigisse a rever alguma parte da atividade e tentássemos novamente. De acordo com LUCKESI isso é a chamada atenção na promoção, onde notas e médias vão sendo obtidas sem a importância de como foram manipuladas ou operadas.
Tratando-se da 5ª série, foi um período de transição onde me deparei com uma quantidade maior de disciplinas e professores como também com uma nova escola, foi uma fase de mudanças. De início foi bem difícil organizar as disciplinas e manusear a quantidade de livros disponíveis. Referindo-se as avaliações, a maioria dos professores utilizavam a prova escrita como forma avaliativa, também aparecem como uma novidade os seminários em grupos, as notas eram bimestrais e todas tinham recuperações, a prova final para quem não atingisse média geral igual a 7,0.
Não obtenho lembranças diferenciadas para 6ª a 8ª série, pois os professores foram sempre os mesmos e nada de novo existiu no decorrer do ensino fundamental. Posso afirma que hoje estudando a disciplina de Avaliação da Aprendizagem, percebo que minha formação no Fundamental foi baseada totalmente na pedagogia do exame onde os docentes davam importância apenas as notas obtidas valorizando mais, aqueles que se destacavam.
Minha experiência no ensino médio também foi na mesma escola citada anteriormente, meus professores se baseavam no mecanicismo. Apenas uma professora de português era totalmente diferente, procurava sempre novos meios de ensinar e movimentar a sala de aula, demostrava-se interessada na aprendizagem. Porém ela e todos os outros professores não deixavam de utilizar dos exames quando refiro-me a forma de avaliação, pois em nenhuma das atividades propostas era utilizado o feedback para orientar o nosso aprendizado.
Esses aspectos vem mudando em minha vida estudantil na universidade, apesar que ainda existem professores que nos bloqueiam totalmente em sala de aula, nos levando apenas ao medo. Na universidade vários professores utilizam da avaliação para nos encaminhar ao aprendizado com sucesso, em algumas disciplinas como, por exemplo, Avaliação da Aprendizagem, somos levados a nos expressar, comunicar-se com todos os colegas, sem que nosso pensamento seja julgado se somos mais inteligentes que o outro como faz a avaliação classificatória, ao contrário temos a oportunidade de aprendermos mais através de discussões profundas.
Percebo que neste nível de ensino a maioria dos professores tem um interesse maior para que seus alunos aprendam, entendem que o sucesso alcançado dependem da forma como eles ensinam e avaliam, mas ainda existem alguns docentes que utilizam do poder para nos avaliar e acredito que esse tipo de atitude desestimule o aluno e lavam ao medo, contribuindo às vezes para desistência dos estudos. Hoje com o estudo desta disciplina vejo a importância de examinar e avaliar e acredito que está sendo um estudo de grande importância para que eu pudesse perceber as melhore formas de envolver o aluno ao aprendizado e para que percebesse que o sucesso do aluno também refletirá no meu sucesso profissional.


Discussão coordenada


FRACASSO ESCOLAR
Discutiremos as causas para o fracasso escolar e um novo enfoque frente ao problema.



Para autores que tratam da educação, o fracasso escolar é um dos maiores problemas da escola de 1º grau  e esse fracasso é representado pela reprovação e pela evasão escolar. Mas de acordo com dados divulgados pelo PNAD-IBGE, conluiu-se que o maior problema é a repetência.

Evasão Escolar

Alguns professores sentem-se aliviados com a evasão escolar, pelo fato de que para ele um aluno, que já reprovou várias vezes, desistir dos estudos significa que o índice de aprovação deste professor se elevará. Com isso, Arroyo (1986) alerta que  quando um aluno se evade, o professor não tem relação com essa situação e a responsabilidade é do aluno que se evadiu. Alguns fatores levam alunos a se evadirem, como exemplos:

o    Falta de pré-requisito; o “rótulo” que já “receberam” em anos anteriores; a distãncia entre o que enfrentam na sociedade e o que a escola propõe; e os problemas sociais.
 Alunos se evadem porque não conseguem acompanhar a turma de sala de aula, pois apesar de tentarem, as suas notas refletem que não serão aprovados ao fim do ano letivo. Daí, repetem essa situação em anos posteriores levando-os a desistirem dos estudos, pois durante as tentativas passam a serem tratados com indiferença por não conseguirem a se integrar com o grupo.  A Partir da indiferença vivida, estes alunos são levados a optarem por dois caminhos: se tornam rebeldes usando do espaço físico para pensarem em questões não relacionadas com a aprendizagem ou deixarem a escola.
Outros fatores que devem ser levados em consideração são os sociais, os quais existem em grande números, mais entre os mais comuns temos: a necessidade de trabalhar, mudança constante da família levando o aluno a mudar de escola, dificuldade de transporte público, etc. Tais questões, geram no discente a necessidade de um atendimento priozado o qual muitas vezes não recebem e com isso sua adaptação no ambiente escolar se torna difícil, dispertando a escola a renpensar sobre como eliminar tais causas, para que os índices de evasão e repetência minimizem.

Reprovação escolar

Os professores e a escola até a década de 60 nunca foram questionados quanto o índice de reprovação de seus alunos. Mas anos depois, fatores externos e individuais foram considerados: o desempenho do professor reflete na aprendizagem ou não do aluno; o nível sócio econômico das familias e o próprio perfil da escola. Para Holt, a atuação do professor é a principal responsável para o sucesso do aluno, pois ele é manipulado a responder da forma que o professor deseja. Os jovens não são levados a criarem suas próprias concepções, além disso os professores, os  pais e a própria sociedade criam expectativas culpando- os pelo seu fracasso. Essa falha do processo escolar gera com isso a baixa auto-estima e a falta de confiança.
É necessário que haja interação entre professor-aluno, mas para isso o professor tem que ser o responsável pela intenção de fazer acontecer, criando espaços de interação. Não podemos culpar os alunos pelo seu insucesso escolar, precisa-se disponibilizar oprtunidades para que esses jovens busquem o conhecimento e o desenvolvimento das habilidades e atitudes desejadas.

Um novo enfoque frente ao problema

 Nos últimos anos, pesquisadores passaram a investigar o que estava sendo feito para produzir o sucesso e segundo Mello(1994) as pesquisas partiu de questões sobre “ a escola faz diferença” e “que escola está fazendo a diferença, ou que escola está consenguindo ensinar os seus alunos de nível sócio-econômico desfavorecido”. A partir de 1980 resultados apareceram e em relação a primeir questão os dados confiram que a culpa sempre é do aluno e em relação a segunda questão foi possível identificar as características ou fatores que estão contribuindo para um melhor resultado na aprendizagem. Para Purkey e Smith (apud Mello, 1994) as características das escolas eficazes são:
o    Presença de liderança: Há a necessidade de que o professor seja um líder em sala de aula, não para ser autoritário ou dominador, mas com carisma procurar conseguir obter êxito nos objetivos que propõe.
o    Expectativas positivas em relação ao rendimento do aluno: A expectativa criada pelo professor em relação ao aluno reflete na aprendizagem e o professor se torna subjetivo a medida que não acredita na capacidade desse aluno.
o    Tipo d organização, clima da escola: Fatores importantes para a motivação do aluno, uma vez que preencham as necessidades do aluno levando-os a conseguirem os objetivos e metas propostas pela instituição.
o    Existência ou natureza dos objetivos da aprendizagem:
É necessário que tenhamos um objetivo claro e bem definido, para que os alunos tenham clareza sobre o que é proposto para eles, tanto de forma ampla quanto evidenciando cada função.
o    Distribuição do tempo:
Planejar a distribuição do tempo é um item importante para o alcance eficaz das metas, considerando também a capacidade de concentração e a variação das atividades em diferentes faixas etárias.
o    Estratégias de capacitação de professores:
È importante que o educador se aperfeiçoe e atualize, pois as constantes mudanças sociais e o desenvolvimento tecnológico são cada vez maiores e só fazendo assim é que o educador poderá acompanhar, e como foco principal ele também poderá atender as necessidades de cada aluno.                     
o    Relacionamento e suporte técnico de instâncias da administração do ensino:
Segundo o texto a solução de um grande número de problemas depende, em grande parte de uma vontade política. Se um grupo comprometido com o desenvolvimento educacional realizar todas as funções adequando às necessidades, não irá adiantar muito, se houver problemas que não estão ao alcance de suas possibilidades.
o    Apoio e participação dos pais:
Sabendo que existem problemas sociais cada vez mais diversificados e maiores, e estes são trazidos pelos alunos para a escola, os educadores se sentem na maioria das vezes impotentes no que se refere as soluções de problemas educacionais, e para que isso aconteça a solução de problemas educacionais. E para que aconteça a solução desses problemas que estão dificultando a aprendizagem e necessário que se unam governo, família e escola.
o    Tipo de acompanhamento e avaliação do aluno:
Como na maioria das vezes a avaliação é usada como “arma” contra o aluno, isso acarreta um medo de fazer perguntas e mostrar que ele não entendeu ou não sabe, causando uma distância cada vez maior entre professor e aluno. Mas quando professor e aluno sabem que podem errar e que a partir do erro é que se constrói o sucesso, isso irá auxiliar ao aprendiz.
o    O papel do profissional da educação
Nota-se que no papel do educador tem que haver uma nova postura no que diz respeito a atualização dos conhecimentos sobre os conteúdos, e no aperfeiçoamento de metodologias avaliativas como função de melhorar o processo de ensino e aprendizagem, bem como do conhecimento, com maior profundidade e objetividade dos avanços e deficiências e limitações enfrentadas pelos educadores na sua prática pedagógica.                                                                                                                                           Vai depender de cada professor se os esforços ainda que sem a dimensão política e social desejada, venha diminuir os índices de reprovação e evasão escolar. O professor não pode se preocupar somente em ensinar a todos da mesma forma tendo a ilusão que todos irão entender, é esperado que cada professor esteja bem consciente da importância que lhes é atribuída no momento em que grandes mudanças devem acontecer. 

o    A solução globalizada
A educação passou a ser discutida, com prioridade e valorizada, no mundo inteiro como fator de desenvolvimento social e econômico do país, o mais importante compromisso assumido por todos os países que se fizeram presentes foi o de promover educação básica para todos e garantir o ensino fundamental para as suas crianças.                                  Então em Julho de 1990, foi promulgada a Lei 8069, ou o Estatuto da Criança e do Adolescente, outro projeto que vem sendo desenvolvido desde 1990, é o Sistema Nacional de Avaliação Básica- SAEB, que surgiu como um projeto integrador e cooperativo entre a União e as Unidades da Federação. E outra ação tomada foi a tão esperada, aprovação Lei Diretrizes e Bases (Lei n°9394/96), que prevê mudanças radicais em todos os sistemas de ensino.     

Referências:
MELCHIOR, Maria Celina. Fracasso escolar. In: MELCHIIOR, Maria Celina. O sucesso escolar através da avaliação e da recuperação. 2. Ed. Porto Alegre: Premier, 20014, p. 17-38.