terça-feira, 17 de novembro de 2015

Discussão coordenada


FRACASSO ESCOLAR
Discutiremos as causas para o fracasso escolar e um novo enfoque frente ao problema.



Para autores que tratam da educação, o fracasso escolar é um dos maiores problemas da escola de 1º grau  e esse fracasso é representado pela reprovação e pela evasão escolar. Mas de acordo com dados divulgados pelo PNAD-IBGE, conluiu-se que o maior problema é a repetência.

Evasão Escolar

Alguns professores sentem-se aliviados com a evasão escolar, pelo fato de que para ele um aluno, que já reprovou várias vezes, desistir dos estudos significa que o índice de aprovação deste professor se elevará. Com isso, Arroyo (1986) alerta que  quando um aluno se evade, o professor não tem relação com essa situação e a responsabilidade é do aluno que se evadiu. Alguns fatores levam alunos a se evadirem, como exemplos:

o    Falta de pré-requisito; o “rótulo” que já “receberam” em anos anteriores; a distãncia entre o que enfrentam na sociedade e o que a escola propõe; e os problemas sociais.
 Alunos se evadem porque não conseguem acompanhar a turma de sala de aula, pois apesar de tentarem, as suas notas refletem que não serão aprovados ao fim do ano letivo. Daí, repetem essa situação em anos posteriores levando-os a desistirem dos estudos, pois durante as tentativas passam a serem tratados com indiferença por não conseguirem a se integrar com o grupo.  A Partir da indiferença vivida, estes alunos são levados a optarem por dois caminhos: se tornam rebeldes usando do espaço físico para pensarem em questões não relacionadas com a aprendizagem ou deixarem a escola.
Outros fatores que devem ser levados em consideração são os sociais, os quais existem em grande números, mais entre os mais comuns temos: a necessidade de trabalhar, mudança constante da família levando o aluno a mudar de escola, dificuldade de transporte público, etc. Tais questões, geram no discente a necessidade de um atendimento priozado o qual muitas vezes não recebem e com isso sua adaptação no ambiente escolar se torna difícil, dispertando a escola a renpensar sobre como eliminar tais causas, para que os índices de evasão e repetência minimizem.

Reprovação escolar

Os professores e a escola até a década de 60 nunca foram questionados quanto o índice de reprovação de seus alunos. Mas anos depois, fatores externos e individuais foram considerados: o desempenho do professor reflete na aprendizagem ou não do aluno; o nível sócio econômico das familias e o próprio perfil da escola. Para Holt, a atuação do professor é a principal responsável para o sucesso do aluno, pois ele é manipulado a responder da forma que o professor deseja. Os jovens não são levados a criarem suas próprias concepções, além disso os professores, os  pais e a própria sociedade criam expectativas culpando- os pelo seu fracasso. Essa falha do processo escolar gera com isso a baixa auto-estima e a falta de confiança.
É necessário que haja interação entre professor-aluno, mas para isso o professor tem que ser o responsável pela intenção de fazer acontecer, criando espaços de interação. Não podemos culpar os alunos pelo seu insucesso escolar, precisa-se disponibilizar oprtunidades para que esses jovens busquem o conhecimento e o desenvolvimento das habilidades e atitudes desejadas.

Um novo enfoque frente ao problema

 Nos últimos anos, pesquisadores passaram a investigar o que estava sendo feito para produzir o sucesso e segundo Mello(1994) as pesquisas partiu de questões sobre “ a escola faz diferença” e “que escola está fazendo a diferença, ou que escola está consenguindo ensinar os seus alunos de nível sócio-econômico desfavorecido”. A partir de 1980 resultados apareceram e em relação a primeir questão os dados confiram que a culpa sempre é do aluno e em relação a segunda questão foi possível identificar as características ou fatores que estão contribuindo para um melhor resultado na aprendizagem. Para Purkey e Smith (apud Mello, 1994) as características das escolas eficazes são:
o    Presença de liderança: Há a necessidade de que o professor seja um líder em sala de aula, não para ser autoritário ou dominador, mas com carisma procurar conseguir obter êxito nos objetivos que propõe.
o    Expectativas positivas em relação ao rendimento do aluno: A expectativa criada pelo professor em relação ao aluno reflete na aprendizagem e o professor se torna subjetivo a medida que não acredita na capacidade desse aluno.
o    Tipo d organização, clima da escola: Fatores importantes para a motivação do aluno, uma vez que preencham as necessidades do aluno levando-os a conseguirem os objetivos e metas propostas pela instituição.
o    Existência ou natureza dos objetivos da aprendizagem:
É necessário que tenhamos um objetivo claro e bem definido, para que os alunos tenham clareza sobre o que é proposto para eles, tanto de forma ampla quanto evidenciando cada função.
o    Distribuição do tempo:
Planejar a distribuição do tempo é um item importante para o alcance eficaz das metas, considerando também a capacidade de concentração e a variação das atividades em diferentes faixas etárias.
o    Estratégias de capacitação de professores:
È importante que o educador se aperfeiçoe e atualize, pois as constantes mudanças sociais e o desenvolvimento tecnológico são cada vez maiores e só fazendo assim é que o educador poderá acompanhar, e como foco principal ele também poderá atender as necessidades de cada aluno.                     
o    Relacionamento e suporte técnico de instâncias da administração do ensino:
Segundo o texto a solução de um grande número de problemas depende, em grande parte de uma vontade política. Se um grupo comprometido com o desenvolvimento educacional realizar todas as funções adequando às necessidades, não irá adiantar muito, se houver problemas que não estão ao alcance de suas possibilidades.
o    Apoio e participação dos pais:
Sabendo que existem problemas sociais cada vez mais diversificados e maiores, e estes são trazidos pelos alunos para a escola, os educadores se sentem na maioria das vezes impotentes no que se refere as soluções de problemas educacionais, e para que isso aconteça a solução de problemas educacionais. E para que aconteça a solução desses problemas que estão dificultando a aprendizagem e necessário que se unam governo, família e escola.
o    Tipo de acompanhamento e avaliação do aluno:
Como na maioria das vezes a avaliação é usada como “arma” contra o aluno, isso acarreta um medo de fazer perguntas e mostrar que ele não entendeu ou não sabe, causando uma distância cada vez maior entre professor e aluno. Mas quando professor e aluno sabem que podem errar e que a partir do erro é que se constrói o sucesso, isso irá auxiliar ao aprendiz.
o    O papel do profissional da educação
Nota-se que no papel do educador tem que haver uma nova postura no que diz respeito a atualização dos conhecimentos sobre os conteúdos, e no aperfeiçoamento de metodologias avaliativas como função de melhorar o processo de ensino e aprendizagem, bem como do conhecimento, com maior profundidade e objetividade dos avanços e deficiências e limitações enfrentadas pelos educadores na sua prática pedagógica.                                                                                                                                           Vai depender de cada professor se os esforços ainda que sem a dimensão política e social desejada, venha diminuir os índices de reprovação e evasão escolar. O professor não pode se preocupar somente em ensinar a todos da mesma forma tendo a ilusão que todos irão entender, é esperado que cada professor esteja bem consciente da importância que lhes é atribuída no momento em que grandes mudanças devem acontecer. 

o    A solução globalizada
A educação passou a ser discutida, com prioridade e valorizada, no mundo inteiro como fator de desenvolvimento social e econômico do país, o mais importante compromisso assumido por todos os países que se fizeram presentes foi o de promover educação básica para todos e garantir o ensino fundamental para as suas crianças.                                  Então em Julho de 1990, foi promulgada a Lei 8069, ou o Estatuto da Criança e do Adolescente, outro projeto que vem sendo desenvolvido desde 1990, é o Sistema Nacional de Avaliação Básica- SAEB, que surgiu como um projeto integrador e cooperativo entre a União e as Unidades da Federação. E outra ação tomada foi a tão esperada, aprovação Lei Diretrizes e Bases (Lei n°9394/96), que prevê mudanças radicais em todos os sistemas de ensino.     

Referências:
MELCHIOR, Maria Celina. Fracasso escolar. In: MELCHIIOR, Maria Celina. O sucesso escolar através da avaliação e da recuperação. 2. Ed. Porto Alegre: Premier, 20014, p. 17-38.









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