terça-feira, 17 de novembro de 2015

Decálogo comentado

De examinar para avaliar, um trânsito difícil, mas necessário


    O texto faz reflexões sobre a necessidade de ultrapassar da época dos exames escolares e entrar na época da avaliação da aprendizagem.


1 – Hábitos novos, resultados novos no processo de avaliação
Praticar hábitos novos nas escolas são ações que colaboram para obtenção de resultados novos, mas para colocar em prática é necessário também que haja novas condições. O ato de examinar vem de nossa história desde muito tempo e por isso está totalmente preso em nossa sociedade e em cada um de nós, mudar para um novo ato, o de avaliar merece um cuidado minucioso, pois saímos de um totalmente seletivo para outro que é totalmente dinâmico, informático, dialético e mediador fatos esses contrário ao exame que é meramente excludente.
2 – Dificuldades na transição de examinar para avaliar
Os professores passam por diversas dificuldades para essa mudança e uma delas é a de que os educadores estão ligados a padrões que vem da história da educação desde o século XVI, outro fator é o de que nossa sociedade tem um modelo burguês onde se pratica os exames escolares e por fim estamos acostumados a fazer aquilo que vivenciamos na época de nossa vida escolar, ou seja, “fomos examinados então agora vamos examinar.”
3 – A postura de examinar exclui o aluno
Os alunos que são examinados de certa forma são ameaçados, castigados e pressionados a obterem bons resultados nos estudos e na conduta, uma forma de controlar o indivíduo. Ao serem examinados os alunos passam a se interessar a aprender só se tiver uma recompensa o que é simplesmente antipedagógico e vem de uma sociedade totalmente negativista.
4 – A resistência dos educadores no processo de examinar para avaliar
Sabe-se que a prática do exame foi desenvolvida há cinco séculos e julgar um educador hoje que não consegue mudar sua prática de examinar para avaliar é de certa forma uma estupidez. É preciso que estejamos juntos com eles nesse processo para que aos poucos ele vá se desprendendo dessas falhas cotidianas até que perceba que avaliar é um novo ato que só tem características favoráveis à aprendizagem.
5 – Agir inclusivamente em uma sociedade excludente
Em uma sociedade que é extremamente excludente devemos agir de forma bastante crítica para podermos usar o ato da avaliação da aprendizagem nas escolas, mas para isso é necessário um comprometimento político.
6 – O rompimento com o modelo social excludente

Esse rompimento por parte do educador deve ser feito de forma consciente, percebendo que ele está se desfazendo de uma história de muitos séculos e também de costumes adquiridos ao longo de sua vida escolar, se queremos obter novos resultados é necessário desligarmos de práticas antigas agindo com novos modos. Devemos mudar nossa ação a fim de obter resultados positivos e a avaliação propõe esses resultados, pois é um ato de quem procura resultados satisfatórios em sua ação e na prática educativa podemos adotar este ato proporcionando aos nossos educandos o sucesso na aprendizagem, que consequentemente se deu através de uma nova prática adotada.

Referências Bibliográficas
LUCKESI, Cipriano Carlos. De examinar para avaliar, um trânsito difícil, mas necessário. In: LUCKESI Cipriano Carlos. Avaliação da aprendizagem escolar: estudos e proposições. 22. Ed. São Paulo: Cortez, 2011, p.67-72.

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