De
examinar para avaliar, um trânsito difícil, mas necessário
O texto faz reflexões sobre a necessidade de ultrapassar da época dos exames escolares e entrar na época da avaliação da aprendizagem.
1
– Hábitos novos, resultados novos no processo de avaliação
Praticar hábitos novos
nas escolas são ações que colaboram para obtenção de resultados novos, mas para
colocar em prática é necessário também que haja novas condições. O ato de
examinar vem de nossa história desde muito tempo e por isso está totalmente
preso em nossa sociedade e em cada um de nós, mudar para um novo ato, o de
avaliar merece um cuidado minucioso, pois saímos de um totalmente seletivo para
outro que é totalmente dinâmico, informático, dialético e mediador fatos esses
contrário ao exame que é meramente excludente.
2
– Dificuldades na transição de examinar para avaliar
Os professores passam
por diversas dificuldades para essa mudança e uma delas é a de que os
educadores estão ligados a padrões que vem da história da educação desde o
século XVI, outro fator é o de que nossa sociedade tem um modelo burguês onde
se pratica os exames escolares e por fim estamos acostumados a fazer aquilo que
vivenciamos na época de nossa vida escolar, ou seja, “fomos examinados então
agora vamos examinar.”
3
– A postura de examinar exclui o aluno
Os alunos que são
examinados de certa forma são ameaçados, castigados e pressionados a obterem
bons resultados nos estudos e na conduta, uma forma de controlar o indivíduo. Ao
serem examinados os alunos passam a se interessar a aprender só se tiver uma
recompensa o que é simplesmente antipedagógico e vem de uma sociedade
totalmente negativista.
4
– A resistência dos educadores no processo de examinar para avaliar
Sabe-se que a prática
do exame foi desenvolvida há cinco séculos e julgar um educador hoje que não
consegue mudar sua prática de examinar para avaliar é de certa forma uma estupidez.
É preciso que estejamos juntos com eles nesse processo para que aos poucos ele
vá se desprendendo dessas falhas cotidianas até que perceba que avaliar é um
novo ato que só tem características favoráveis à aprendizagem.
5
– Agir inclusivamente em uma sociedade excludente
Em uma sociedade que é
extremamente excludente devemos agir de forma bastante crítica para podermos
usar o ato da avaliação da aprendizagem nas escolas, mas para isso é necessário
um comprometimento político.
6
– O rompimento com o modelo social excludente
Esse rompimento por
parte do educador deve ser feito de forma consciente, percebendo que ele está
se desfazendo de uma história de muitos séculos e também de costumes adquiridos
ao longo de sua vida escolar, se queremos obter novos resultados é necessário desligarmos
de práticas antigas agindo com novos modos. Devemos mudar nossa ação a fim de
obter resultados positivos e a avaliação propõe esses resultados, pois é um ato
de quem procura resultados satisfatórios em sua ação e na prática educativa
podemos adotar este ato proporcionando aos nossos educandos o sucesso na
aprendizagem, que consequentemente se deu através de uma nova prática adotada.
Referências
Bibliográficas
LUCKESI, Cipriano
Carlos. De examinar para avaliar, um trânsito difícil, mas necessário. In:
LUCKESI Cipriano Carlos. Avaliação da
aprendizagem escolar: estudos e proposições. 22. Ed. São Paulo: Cortez,
2011, p.67-72.
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